Os condutores de viaturas, operadores de rádio, telefonistas, auxiliares e técnicos de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) podem entrar em greve no próximo dia 24 de abril. Essa foi a medida acordada na assembléia realizada ontem (16) na sede da Central Única de Trabalhadores (CUT). “Se até a segunda – feira, 23 de abril, a Secretaria de Estado da Saúde não nos apresentar uma proposta de negociação, vamos entrar em greve”, disse o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Sergipe (Sindconam/SE), Adilson Ferreira Melo.
Segundo ele, a SES não está respeitando a decisão do Ministério Público Estadual (MPE) acordada na audiência do último dia 13 de março. “Ficou acordado que eles teriam até o dia 12 de abril para nos chamar para negociar e isso não aconteceu. Eles continuam nos ignorando e jogando a culpa na Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), alegando que eles não protocolaram o novo ofício com as novas propostas. Mas tenho cópia do ofício protocolado pela FHS na SES no dia 23 de março, solicitando o encaminhamento para apresentação na mesa de negociação que deveria acontecer no dia 10 de abril, que também não aconteceu”, reclamou.
O Samu conta com cerca de 400 condutores de viatura, uma média de 500 auxiliares de enfermagem e 35 rádios operadores. “Somente aqui, em Sergipe, nós fazemos a mesma função de rádio operador e telefonista. Isso é acúmulo de função”, reclamou o operador de rádio André Lima. Mesmo assim, de acordo com Adilson Ferreira, a mesa de negociação não citou categoria. “É uma prova de negligência da gestão estadual de saúde em termos de negociação. Eles só estão preocupados em resolver os salários dos médicos e enfermeiros”, frisou o sindicalista.
Os técnicos e auxiliares de enfermagem do Samu estão lutando pela insonomia de carga horária e salário base da categoria igual para todos, incluindo telefonistas, rádio operador e condutores de viatura. “O que queremos é um salário proporcional ao dos enfermeiros, com a mesma projeção salarial. Os salários dos médicos e enfermeiros são justos, o que não é justo é congelar o nosso”, afirmou.
Fonte: Jornal da Cidade
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- 17 abr 2012
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