BOLSA FAMÍLIA: ADICIONAL DE R$ 150 POR CRIANÇA DEVE DEMORAR TRÊS MESES

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (5) que o pagamento adicional de R$ 150 por criança de até seis anos do Bolsa Família deve iniciar em três meses. Segundo ele, a revisão sobre o CadÚnico é essencial para a atualização do programa. 

“Há uma recomendação do Ministério Público para que trabalhemos inicialmente com uma perspectiva de 90 dias. Estamos agora com as equipes técnicas debruçadas nas alternativas exatamente para trabalharmos no menor prazo possível”, afirmou o ministro durante a posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Dias afirmou que “é preciso ter um sinal técnico para termos segurança” para concluir o pagamento do adicional. O valor de R$ 150 por criança menor de seis anos foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“O CadÚnico está desatualizado. Termos que fazer no menor prazo possível para chegar a quem precisa”, continuou Dias.”O programa do governo é para os mais necessitados, mas também deve cuidar das outras necessidades.”

O novo líder da pasta já havia afirmado que o Ministério iria reformular o programa social. Segundo Dias, alguns beneficiários não se enquadram nos requisitos para o Bolsa Família. 

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), foi recomendado o bloqueio de mais de 2,5 milhões de beneficiários por conta de irregularidades. Já pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o número calculado chega a 3,5 milhões apenas em outubro de 2022.

O ministro se posicionou contra o crédito consignado do programa Auxílio Brasil , criado em outubro de 2022.  Dias concluiu que o modelo cobra “juros extorsivos” dos participantes, e gera insegurança jurídica.

O ministro cita o presidente Lula ,e afirma que o “compromisso” do governo é com os endividados que, segundo ele, “são quase 80% de brasileiros.” Os dados apresentados por Dias vem da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), com um total levantado de 78,9% das famílias brasileiras com dívidas em novembro deste ano.

“É grave o problema dos endividados do programa Auxílio Brasil no chamado consignado. Primeiro já tratado do ponto de vista da própria legalidade, usado no período de eleição com claramente objetivos eleitorais.”  disse recentemente ao jornal O Globo .

“O presidente Lula durante a campanha já demonstrou muita sensibilidade com os endividados e trabalhou no programa Desenrola, que vai incluir o público do Bolsa Família”, afirmou. (Brasil Econômico)

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