O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na última quarta-feira (2) que o governo pretende ampliar o vale-gás , programa de subsídio que ajuda famílias de baixa renda a comprar gás de cozinha. Atualmente, o benefício é concedido, a cada dois meses, a cerca de 5,8 milhões de famílias, no valor de R$ 52, equivalente à metade do preço médio de um botijão de 13 kg no país.
“A cada dois meses, em um primeiro momento, 5 milhões de famílias recebem o equivalente a meio bujão de gás. Nós pretendemos aumentar isso aí. Então, o contato nosso é com a Petrobras e é buscando sempre espaço no Orçamento”, afirmou ele em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
Segundo o Ministério da Cidadania, o valor do vale-gás depende da atualização mensal, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do custo médio nacional do botijão de gás nos seis meses anteriores.
A estimativa do Planalto é conceder o subsídio a todos os beneficiários do Auxílio Brasil até 2023.
Para ampliar o benefício, Bolsonaro disse esperar que o Congresso Nacional apresente uma proposta que permitirá aos governos federal e estaduais reduzir os impostos que incidem sobre os combustíveis e sobre o gás de cozinha. O presidente lembrou que, no ano passado, o governo chegou a zerar os tributos federais sobre o gás e o óleo diesel.
“Se nós pudermos também zerar, por exemplo, o diesel, será uma grande ajuda para todos. Se você diminuir o valor do frete, que é impactado obviamente pelo valor do diesel, todo mundo é beneficiado na ponta da linha com a diminuição da inflação”, completou ele.
O Executivo chegou a desenhar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) com esse objetivo, mas acabou voltando atrás da ideia.
Jair Bolsonaro também voltou a falar sobre o auxílio emergencial, que em um primeiro momento, atendeu a 68 milhões de brasileiros com um benefício de R$ 600, durante a pandemia de Covid-19. Segundo ele, o programa é a ‘prova’ de que ele tem ‘sensibilidade com os mais necessitados’.
“Com esse dinheiro, obviamente, os mais necessitados compraram alguma coisa e movimentaram a economia, ajudando na arrecadação de estados e municípios. O que manteve a economia viva, além de manter, obviamente o mínimo de dignidade para os informais, foi o auxílio emergencial”, alegou.
Bolsonaro ainda disse que o auxílio pagou o equivalente a 15 anos de Bolsa Família, extinto no ano passado. “Então, não justifica quando alguns me acusam de não ter sensibilidade com os mais necessitados. A prova está aí”.
O antigo programa oferecia um tíquete médio de cerca de R$ 191. O benefício passou para R$ 400 com o substituto, Auxílio Brasil.
Já quando questionado sobre se essas parcelas estão garantidas até o final de 2022, ele respondeu que o Auxílio Brasil é “eterno” e “renovado a todo ano”.
A informação é de Gabrielle Gonçalves
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