O governo federal anunciou que vai o reajustar o salário mínimo de 2023 para R$ 1.302, cerca de R$ 90 a mais se comparado ao valor de 2022. Esse é o quarto ano consecutivo que o governo não dá aumento real, ou seja, acima da inflação, para os trabalhadores.
A medida foi apresentada na Lei Orçamentária Anual (LOA) entregue nesta quarta-feira (31) ao Congresso Nacional. O valor ainda pode variar até o começo do próximo ano, dependendo da inflação registrada em 2022.
A previsão do Ministério da Economia é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação de quem ganha até cinco salários mínimos, encerre o ano em 7,2%. Para 2023, a pasta acredita que a inflação o INPC fique em 4,5%.
A última vez que o país teve o salário com aumento real no salário foi em 2019, quando os vencimentos eram de R$ 998. Na época, o aumento real foi de 1,14%.
Além de base dos vencimentos dos trabalhadores brasileiros, o salário mínimo ainda é responsável pela base de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No texto entregue ao Congresso, o Ministério da Economia estipulou receitas de R$ 2,2 trilhões, enquanto a dívida primária deve ser de R$ 2,3 trilhões. O déficit primário do país está estimado em R$ 65 bilhões.
O governo ainda promete R$ 132 bilhões em investimentos, valor que deve subir com as emendas parlamentares.
A equipe de Paulo Guedes prevê crescimento de 2,5% do país no próximo ano. A porcentagem está bem acima do mercado financeiro, que prevê alta no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 0,5%. (Brasil Econômico)
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