As constantes quedas no FPE e FPM vêm assombrando prefeitos e governadores. Sem dinheiro a máquina não anda. Com isso, os gestores vêm amargando com medidas impopulares, mas que tem que ser tomadas, até a página dois!
É indispensável que esse país caminhe para os trilhos da reforma tributaria o mais rápido possível. Para que assim, tenhamos uma distribuição mais justa ou talvez igualitária entre os estados e municípios, mas ainda estamos de língua de fora com a cinta no ultimo furo.
Está governador ou prefeito em momentos como esses não é uma fácil tarefa. É preciso gestores experientes e de pomba baixa, sem vaidades e sem olhar para sinecura familiar; ter muito tino e habilidade para manobrar a máquina publica com escassez de recursos. No coração e nas engrenagens dessas máquinas está a força motriz que são os pais e mães de famílias que trabalham o mês inteiro e tem que receber seus vencimentos. Sem quaisquer cortes, pois em nada tem culpa.
Obviamente que em Simão Dias, município administrado pelos “Santanas” não seria diferente das demais cidades que vem sofrendo dessa mazela; o líder da situação e irmão do prefeito subiu a tribuna e debruçado sobre o púlpito anunciou as duras medidas que certamente serão tomadas para adequar o município a essa nebulosa realidade, ou seja, as violentas quedas na arrecadação. Cortes de hora extra, gratificações e demissões é o cardápio indigesto apresentado aos servidores.
Na verdade, o trabalhador não deve pagar por esse pato sem ter comprado. Em nenhum momento essa administração se comportou demonstrando falta de recurso ou qualquer desconforto nesse sentido. Relembrando uma célebre frase dita pelo líder desse governo no parlamento, demonstrou que o município estava em boa situação em suas finanças. De forma lúdica ele disse “Para servir o povo de Simão Dias esta sobrando dinheiro”, CLIQUE E OUÇA.
Conversando com alguns servidores e em especial da educação era notório a tristeza e o desalento na face. Muitos percorrendo no comércio pedindo adiamento no pagamento de suas contas, outros com cheques para cobrir, enfim, um verdadeiro desespero, e não é para menos.
Ouvindo uma entrevista semana passada, disseram que em Simão Dias educação é prioridade. Pra mim Não é! A chefa da educação no município disse que “Todas as bandeiras que defendia antes continuo defendendo, agora na condição de quem esta executando e podendo fazer”. CLIQUE E OUÇA. Esse é o momento e a oportunidade de fazer valer essa fala. É a chance de reatar os laços com o magistério. Chame a categoria e vá às ruas em movimentos reivindicatórios, aproveite que esta executando e faça, ou seja, pague os atuais e os atrasados!
Foliando o Alcorão, vide “cartilha de promessas ou propostas”, lá consta que os servidores nessa gestão seriam pagos em dia e que teriam valorização. Como? De que forma? Atrasando salários, com demissões, cortando hora extra e gratificações?
Alugar caminhonete luxuosa e caminhão compactador de lixo, casas, fazer festa de mais de 400 mil, contratar árbitros de futebol por mais de 80 mil, fazer doações financeiras, isso é para um município que esta em crise ou inexperiência administrativa?
Uma coisa é certa, os servidores não merecem e não podem passar por isso. Cadê os sindicatos, estão aliados ao prefeito? Porque esse silêncio? Porque nos palanques não passaram para os trabalhadores essas dificuldades? Será que vocês venderam ilusão?
Com a palavra os “Santanas”!
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- 6 nov 2014
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