Considerado um evento astronômico raro, o lunistício acontecerá a partir desta sexta-feira (21). Nesse fenômeno, que não ocorria desde 2006, a Lua nasce e se põe nos pontos mais ao norte e ao sul no horizonte e, com isso, atinge suas posições mais extremas no céu, onde fica por mais tempo.
Esse evento acontece quando as inclinações da Lua e da terra atingem seu máximo, num ciclo que dura 18,6 anos.
Desta vez o lunistício será ainda mais interessante, pois irá coincidir com o solstício de inverno no hemisfério sul e com o verão no hemisfério norte. Por isso, no dia 21, a Lua deve nascer no ponto mais a nordeste no céu e ficar ali por mais tempo que o normal, até se pôr no ponto mais a noroeste.
Será possível assistir ao fenômeno durante vários dias, mas apenas no Hemisfério Norte. Um dos melhores lugares para observar a “paralisação” da lua será na cidade de Stonehenge, no interior da Inglaterra.
A Lua faz um trajeto com uma inclinação diferente à dos outros satélites do sistema solar, onde os planetas, planetas-anões e asteroides orbitam dentro de um plano chamado de eclíptica.
A Terra, por exemplo, gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a este plano. Com isso, a Lua tem uma inclinação de apenas 5,1 graus em relação à eclíptica.
Dessa forma, os pontos máximos do satélite ao longo do ano podem variar em até 57 graus. Quando a inclinação da Lua e da Terra atinge o seu nível máximo, ocorre o lunistício – ou seja, o satélite fica visível por mais tempo no céu. (IG) – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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