Numa reunião onde o tema não havia sido colocado na pauta, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou uma redução da taxa para o teto dos juros do consignado para beneficiários do INSS, de 1,97% para 1,91%. Na votação 14 integrantes do CPS votaram a favor e apenas a Federação Brasileira de Bancos – Febraban votou contra.
Não se tem notícia se o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, combinou com o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Mas a Febraban, que é interlocutora do ministro da Fazenda, já se queixou e avisou de esse patamar abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito, o que pode comprometer a estrutura de custos desse canal de financiamento”. Em português claro: os bancos podem suspender.
Taxa subiu e baixou
Em março, quando o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) fixou em 1,70% a taxa do consignado, várias instituições financeiras suspenderam as operações de crédito para os beneficiários do INSS. Depois de alguns dias o mesmo CPS voltou atrás e fixou em 1,97%.
Baixar de 1,97% ao mês para 1,91% por parecer pouco, mas como se sabe banco não imprime dinheiro. Esses 0,08% na taxa é o que muito banco oferece ao seu investidor e o que pode inviabilizar a operação.
Efeito Cascata
O problema é que Carlos Lupi não combina com ninguém e atua para se cacifar junto aos sindicalistas que o apoiam. A Febraban que, na reunião do CNPS, votou contra a proposta,avisando que o acesso à linha para este público pode se tornar mais difícil.
O problema é que 14,5 milhões de pessoas possuem esses empréstimos. Uma baixa abre oportunidades ao correspondente bancário proporem aos aposentados novos empréstimos com taxas menores com a substituição de contratos com pagamento de uma diferença. Então isso vai provocar problemas. Inclusive para Luppi.
A informação é do jornalista e colunista Fernando Castilho
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