SERGIPE: POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA OPERAÇÃO EM CINCO MUNICÍPIOS

Operação da Polícia Federal — Foto: PF/SE/Divulgação

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (4) novas etapas da Operação ‘Acesso Negado’, que objetiva desarticular uma organização criminosa responsável por desvio de recursos públicos.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal confirmou que os policiais estiveram nos municípios de Aracaju, Poço Redondo, Frei Paulo, Macambira, Campo do Brito, em Sergipe, Salvador (BA) e Petrolina (PE). Não houve prisões, apenas foram cumpridos mandados de busca e apreensão. O alvo das investigações são as fraudes em licitações no ano de 2015.

Desta etapa participaram 76 policiais federais, que cumprem 27 mandados de busca e apreensão expedidos pela 6ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Itabaiana (SE), abrangendo os Estados de Sergipe, Bahia e Pernambuco, além de medidas cautelares de proibição de contratar com o poder público por parte da OSCIP e de bloqueio de cerca de R$ 440.000 do patrimônio dos investigados.

As novas fases investigam irregularidades na contratação, pelos Municípios de Frei Paulo, Macambira e Poço Redondo, da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), denominada Instituto Sócio Educacional Solidariedade (ISES).

Investigações

As investigações indicam que, “após se sagrar vencedora de um concurso de projetos eivado de vícios do qual resultou a sua contratação pelas Prefeituras de Frei Paulo, Macambira e Poço Redondo, o ISES celebrou diversos contratos superfaturados com pessoas físicas e jurídicas integrantes de seu próprio grupo econômico, que, por sua vez, não prestavam os serviços a que estavam obrigados, de forma que a organização criminosa apenas recolhia para si os vultosos valores pagos pelo ente municipal”.

De acordo com a PF, esse trabalho é referente a terceira, quarta e quinta fases da operação desencadeada inicialmente em novembro de 2015 e com segunda fase deflagrada em fevereiro de 2019. No dia 12 de fevereiro, cerca de 80 policiais federais cumpriram 18 mandados de prisão em Salvador, Feira de Santana, Juazeiro, na Bahia, Petrolina e Aracaju.

ESCLARECIMENTOS

Em nota, o ex-prefeito de Mancabira, Ricardo Souza, informou que a empresa investigada (ISES) ganhou um processo licitatório, onde prestou serviços para a prefeitura por pouco mais de três meses, tendo o encerramento do contrato no momento em que foi veiculada matéria no fantástico (programa da rede Globo) em 2015 apontando a empresa como uma empresa de índole duvidosa. Na ocasião, ele rescindiu o contrato unilateralmente. A nota diz ainda que o ex-prefeito se coloca à disposição da Polícia Federal bem como a imprensa de Sergipe para os esclarecimentos que forem necessários.

O gestor de Canindé no período investigado, Heleno Silva, disse que não entendeu porque Canindé foi citado, se o município já apresentou toda documentação. O ex-prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo, informou que durante o tempo em que a ISES foi contratada prestou serviços na cidade. Ele disse ainda que quando o Ministério Público investigou a OSCIP, em 2015, o município suspendeu o contrato imediatamente. O ex-gestor falou também que colocou tudo à disposição da polícia e que a ISES deve sim, ser investigada.

O G1 não localizou o ex-prefeito de Frei Paulo e nem os representantes da ISES em Sergipe.

Fonte: G1/SE

Tags:, ,

Nenhum comentário Quero comentar!

No comments yet.

RSS feed for comments on this post. TrackBack URL

Leave a comment

Dados do Autor

EMAIL SITE /BLOG

Dados desta matéria

Publicidade