O senador Ivo Cassol (PP-RO) suspendeu ontem a votação do projeto que acaba com o pagamento dos 14º e 15º salários a deputados e senadores porque não considera o pagamento irregular.
Ele pediu à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que adie a votação.
“O político no Brasil é muito mal remunerado porque tem que atender com passagem, dar remédio, é convidado para ser patrono de formatura. Se bater alguém na sua porta pedindo uma Cibalena, você não vai dar?”.
Cassol defendeu que os deputados e senadores contrários ao pagamento dos salários extras devolvam o dinheiro aos cofres públicos. “Quem foi contra deveria ter devolvido o dinheiro aos cofres públicos, e não devolveu. Estou pedindo vista do projeto, quero verificar de onde isso começou”, afirmou.
O projeto é da ministra e senadora licenciada Gleisi Hoffmann. Ela justificou a proposta dizendo que o pagamento só fazia sentido quando os meios de transportes eram mais difíceis.
“Hoje os membros do Congresso Nacional têm a possibilidade de retornar à sua base eleitoral a cada semana, não se justificando, há muito, a manutenção do pagamento”, disse a senadora.
Relator do projeto, Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu a aprovação. “Não é para ter aplauso fácil nas ruas. Estou convencido da necessidade de mudar a regra.” Folha
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- 21 mar 2012
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