Os professores da rede municipal de ensino em Lagarto retardaram o início das aulas que deveria ter ocorrido na segunda-feira, 10. Em greve desde o último dia 6, os professores só pretendem retornar ao trabalho quando o prefeito José Wilame, o Lila Fraga (PSDB), atender as reivindicações da categoria.
De acordo com informações do delegado sindical da base do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Ricardo Rocha, há pendências trabalhistas desde o ano de 2012 já negociadas com o atual prefeito, cujo acordo ainda não foi cumprido.
Ricardo explica que a gestão passada deixou pendente o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro e também do 13º referentes ao exercício de 2012. “O atual prefeito fez um acordo no Ministério Público Estadual, os professores aceitaram a proposta mas ele não cumpriu o que ficou acordado”, comentou o sindicalista.
Segundo Ricardo Rocha, os representantes do Sintese teriam mais um encontro com o prefeito Lila Fraga nesta quarta-feira, 12, mas a reunião foi adiada. O prefeito justificou alegando que estaria em viagem e o encontro foi remarcado para a próxima sexta-feira, 14. Na segunda-feira da próxima semana, 17, o Sintese promoverá nova assembleia geral para debater os novos encaminhamentos para o movimento grevista.
Sem dinheiro
Procurado pelo Portal Infonet, o secretário de comunicação do município, Alex Dias, informou que a prefeitura de Lagarto ficou impossibilitada de cumprir o acordo por falta de recursos. Segundo o secretário, o prefeito fez o acordo em função das previsões feitas pelo governo federal de que os repasses de verbas seriam bem maiores entre os meses de dezembro de 2113 e janeiro e fevereiro deste ano. “Mas as previsões do governo federal não foram cumpridas. Ao contrário, os recursos federais foram reduzidos em mais de R$ 2 milhões”, comentou.
O secretário informou que a prefeitura não tem previsão para efetuar o pagamento das remunerações em atraso, que representam algo em torno de R$ 3 milhões. “Mas o diálogo permanece aberto para encontrar uma solução para o problema”, resumiu o secretário.
Por Cássia Santana/Infonet
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