Através da intermediação de um amigo comum, o ex-presidente Lula (PT) e o senador Valadares (PSB) tiveram um encontro em Brasília ontem. Uma conversa amena, mas que rolou o assunto da pauta política atual: o impeachment. Na realidade foi um reencontro para conversa amena, quando Lula falou da velha amizade com o senador Valadares, inclusive dos tempos que Marcelo Deda estava governador de Sergipe.
O ex-presidente não lhe pediu nada em relação à votação do processo de impeachment no Senado Nacional, mas o senador sugeriu que a presidente Dilma (PT) entrasse com um recurso juntos ao STF, pedindo a nulidade da denúncia feita pelos juristas e aprovada pela Câmara dos Deputados, alegando a plena e absoluta legalidade dos atos praticados [pedaladas fiscais e assinatura de decretos de suplementação], e que, por essa razão, não poderiam fundamentar a abertura de um processo de impeachment.
A presidente Dilma pode fazer isso em qualquer fase da investigação no Senado.
Se a presidente Dilma insiste na tese Golpe, talvez seja porque deseje isso como “mote de campanha” das eleições futuras, como argumento único e equivocado de que o processo de impeachment foi montado exclusivamente para tomar-lhe o Governo: “quê razão podemos dar a uma presidente que não reclama seus direitos”, perguntou o senador.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu tudo em silêncio, mas no final, antes das despedidas formas, disse que iria tomar essa providência. “vou falar com Dilma”. Tudo indica que Lula não dirá nada e nem Dilma entrará no Supremo, porque interessa levar adiante o slogan da campanha, confirmando que “impeachment foi um golpe”.
Por: Diógenes Brayner
Nenhum comentário Quero comentar!
No comments yet.
RSS feed for comments on this post. TrackBack URL
Leave a comment
Dados desta matéria
- 29 abr 2016
- 336 views
- 0 comentário
- RSS do ARTIGO
- Este post está em: Sem categoria