SIMÃO DIAS: VALADARES QUER SER PREFEITO E COM CRISTIANO POR VICE

Antonio Carlos Valadares: recomeçar pelo berço do começo?

Depois de se deparar com uma nota do ex-deputado federal Valadares Filho na edição desta Coluna Aparte da sexta-feira passada, 22, e com a Entrevista Domingueira de Elber Filho, figuras de proa do PSB de Sergipe, uma fonte da política de Simão Dias chegou à seguinte conclusão nesta segunda-feira, 25: o ex-senador Antonio Carlos Valadares dorme sonhando e acorda projetando a ideia de vir a ser prefeito desta cidade.

Simão Dias é o lugar em que Antonio Carlos Valadares nasceu em 6 de abril de 1943 e de onde foi prefeito ainda um moleque imberbe, aos 23 anos, em 1966. Na verdade, esta cidade lhe foi laboratório para uma longeva e bem-sucedida carreira política, que passa pela Prefeitura, por dois mandatos de deputado estadual, um de federal, um de vice-governador, um de governador – na época da eleição dele, 1986, não havia reeleição -, e três de senador. Foi ainda secretário de Estado da Educação e presidiu a Alese.

Ano passado, Valadares tombou pela terceira vez numa eleição – disputou uma vez o Governo de Sergipe em 1998 e a Prefeitura de Aracaju em 2000, ambas no exercício do mandato de senador, e nas duas, ficou em terceiro lugar. Mas em 2018 ia à reeleição e era ganhar ou perder. Era calça de veludo ou bunda de fora. E perdeu. Mesmo assim, somente ele e Maria do Carmo chegaram a três mandatos de senador devidamente eleitos por Sergipe nestes 200 anos de história de emancipação.

A observação da fonte simãodiense tem lá sua lógica. Desapeado do poder em 2019, o ex-senador, que é químico industrial e advogado, deu de abrir um escritório de advocacia em Sergipe. Mas foi em Aracaju? Não: foi em Simão Dias. Por que lá e não na Capital? A fonte lembra que o ex-senador tem ido de duas a três vezes por semana à sua Simão Dias e que frequenta até enterro de jumento e batizado de boneca.

A sucessão de Simão Dias tem desde 2016 um pré-candidato a prefeito do PSB e ligado aos Valadares, que é o ex-vereador Cristiano Viana, um sujeito gente boa, simpático e dono de um bom cabedal eleitoral na política da cidade – isso foi reforçado em 2018, quando ele disputou o mandato de deputado federal e obteve ali 8.237 votos dos 9.988 gerais do Estado. Foi dono de 38,01% dos votos válidos, com o segundo colocado, Gustinho Ribeiro, obtendo apenas 10,61% – ou 2.299 votos.

Os pessebistas simãodienses vêm dizendo – e isso é muito informal –  que nas pesquisas eleitorais de sucessão de Simão Dias Cristiano estaria dando de três a um em qualquer pré-candidato indicado pelo atual prefeito Marival Santana, que não pode ir mais à reeleição por já ser reeleito.

Mas o fonte desta Coluna Aparte entende que um deslocamento de Cristiano Viana para o posto de candidato a vice-prefeito seria plenamente arranjável e que, com esse arranjo, a chapa seria imbatível como o bruxo Antonio Carlos Valadares na cabeça dela.  

Segundo essa fonte, pela maturidade e pelas vivências de Vavazão nestes 53 anos de política, ele não teria mais paciência para as atividades rotineiras da Prefeitura Municipal, e iria cuidar das grandes ideais e demandas, bater os corredores de Brasília – onde é bem-relacionado – e deixar a parte executiva local para o vice Cristiano Viana. Será que isso pertine?  

Em Sergipe, todos conhecem o ex-senador Antonio Carlos Valadares e sabem que por trás daqueles olhos verdes não se esconde muita calmaria e contemplação – claro, no sentido político. Ele é galo velho tinhoso e bom de briga. Esse dormir e acordar pensando na refrega municipal de Simão Dias poderia ter-lhe, ainda, um quê de continuidade do embate com seu ex-filhote Belivaldo Chagas que, depois de 30 anos dormindo na mesma cama política, em 2016 o abandonou e em 2018 se fez governador de Sergipe contra os seus interesses, e ainda mais, derrotando o amado e estimado filho Vavazinho. Ô dó!

Em Simão Dias, Belivaldo, que herdou quase 100% das birras valadarista no modo de ser, anda ensaiando para 2020 uma aliança – seria a repetição de 2018 – com o prefeito Marival Santana, que sempre lhe foi opositor. Há quem diga que ficam imbatíveis.

Mas há quem veja nisso um esforço concentrado, e repetido, de barrar o sucesso dos Valadares na esfera municipal pela terceira vez – na última vez em que eles ganharam com Denisson Déda, em 2008, Belivas ainda era um aliado vistoso do clã de Vavá. Entre os valadaristas, Marival Santana é tido como autor de um boníssimo primeiro mandato – de 2013 a 2016 -, mas de uma tragédia neste segundo a se encerrar no dia 31 de dezembro de 2020.

Isso, assegura a fonte desta Coluna, seria um fermento a mais no sucesso da chapa Valadares-Cristiano em 2020. Será que?

Fonte: Jornalista Jozailton Lima (Aparte)

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