SERGIPE: PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA PRETENDEM PARALISAR AS ATIVIDADES EM DEZEMBRO

Reposição inflacionária, reestruturação das carreiras e melhoria das condições de trabalho. Com essa bandeira de luta coletiva, policiais militares, policiais civis, bombeiros militares, policiais penais, peritos criminais, papiloscopistas e agentes socioeducativos estiveram reunidos na manhã da quinta-feira, 21, em uma mobilização na capital sergipana. A ação teve como objetivo compartilhar com a sociedade a insatisfação dos profissionais de Segurança Pública frente ao descaso da gestão do governador Belivaldo Chagas com os problemas que afligem todas essas categorias e, por tabela, prejudicam toda a população sergipana.

Luta coletiva Os profissionais estiveram reunidos inicialmente no estacionamento do teatro Tobias Barreto e panfletaram aos cidadãos sobre a importância desse ato de luta coletiva. Depois seguiram em caminhada até a frente do Palácio dos Despachos. Para os sindicatos e associações que integram a Frente Unificada, o momento é de tentativa de diálogo com o governador Belivaldo Chagas sem intermediários.

Traição “Todas as categorias estão se sentindo traídas e desvalorizadas pelo governador Belivaldo, porque muito se ouviu das entidades representativas e nada foi feito para minimizar os problemas que afetam atualmente os profissionais de Segurança Pública. É possível que seja necessário paralisar todas as atividades no próximo mês, durante o período das festas de final de ano, mas não é nosso principal objetivo. Por enquanto, nossa busca é por um diálogo com o governador a fim de resolver os problemas em comum”, destacou Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE).

Categorias unidas A união das categorias foi algo que chamou a atenção dos motoristas e pedestres que acompanhavam a movimentação dos profissionais na caminhada que seguiu até o Palácio dos Despachos. “Esse momento foi histórico porque ao longo dos anos as categorias se dividiram, uma segregação estimulada pelo próprio Governo. Então essa união representa um marco para todos esses profissionais. A luta coletiva da Frente Unificada dos Operadores de Segurança Pública de Sergipe já é uma realidade e com certeza novas ações virão”, pontuou o sargento PM Vieira, presidente da Associação dos Militares de Sergipe (Amese).

Momento histórico O mesmo sentimento foi compartilhado pelo cabo Willanês dos Santos, presidente da Associação Militar Única. “Esperamos que o Governo do Estado perceba o que está acontecendo, porque é de fato um momento histórico todas essas categorias se unirem em objetivos comuns. Nossa luta coletiva está apenas começando”, comentou o policial militar.

Respeito A vontade de lutar por melhorias é tão grande que a policial penal Elisângela Santos participou da mobilização com o filho nos braços. “Vim participar dessa mobilização porque acredito que sem luta a gente não conquista nada para os profissionais de Segurança Pública. Nossos direitos mínimos não estão sendo garantidos pelo Governo e não aguentamos mais. Temos família, somos humanos também e merecemos respeito”, ressaltou.

Próxima mobilização Os profissionais de Segurança Pública farão novo ato público no dia 9 de dezembro, às 15h, na praça Fausto Cardoso, na capital sergipana.

Por: Cláudio Nunes

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