Em tempos de grave tensão política, denúncias de corrupção envolvendo parlamentares e manifestações contra o Governo Federal, crescem a articulação no País pela criação do Partido Militar Brasileiro (PMB). Até o momento já foram coletadas 430 mil assinaturas em prol da nova legenda. Em Sergipe, já são mais de 1,5 mil apoiadores. Os protestos deste domingo, que ocorrerão em dezenas de cidades, serão um espaço para a busca de novas adesões ao PMB.
De acordo com o coordenador estadual da agremiação, o advogado Durvaltecio Bonfim Silva Santos, a pretensão do partido é participar do pleito de 2016. Mas ele frisa que ainda não há definições de nomes ou do número de candidatos que será lançado. Em Sergipe, explica o coordenador, o trabalho tem sido no sentido de coletar as 5,3 mil assinaturas necessárias para a criação do partido. Ele também está articulando a instalação de diretórios municipais.
Favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita em outubro passado, Durvaltecio Bonfim diz que o assunto “está na boca do povo”. Para ele, que participará das manifestações de domingo, a corrupção alcançou níveis elevados no Brasil, o que reflete “um país desgovernado”. O representante do PMB defende, neste sentido, que haja uma intervenção militar temporária.
“Pesquisas mostram que a instituição mais respeitada pela população é as Forças Armadas. É onde há ética e conduta ilibada. Então acho que é necessária uma intervenção militar, mas temporária, para arrumar a casa. E depois se devolve para a realização de outra eleição”, diz.
Bandeiras
O coordenador do PMB diz que a principal bandeira do partido é o fim da desigualdade social. “Só com o fim da desigualdade acabará a violência, a corrupção. Tem que haver igualdade. Não pode beneficiar B e deixar A de fora”, justifica. A nova legenda também defende uma atualização das leis brasileiras, o fim da reeleição, fim das regalias dos parlamentares, privatização de presídios, criação de mais universidades e redução da maioridade penal.
“A descrença dos brasileiros nos partidos políticos é uma realidade. Quase todo dia a imprensa veicula notícias de corrupção e dos mais diversos desvios de conduta praticados por integrantes de quase todos os partidos políticos existentes. São casos de mensalões, máfias, etc . Enquanto isso, seus compromissos com a segurança pública, saúde e educação, entre outros setores fundamentais para a vida em sociedade, não passam de retóricas vazias. Por isso é preciso criar um partido que verdadeiramente se comprometa com os ideais de ética e honestidade que permeiam entre os militares do Brasil. Um partido que garanta aos candidatos militares as oportunidades necessárias para a divulgação dos seus projetos”, justifica Durvaltecio Bonfim.
Ele acredita que a iniciativa de criação do partido será bem sucedida. “No Brasil há mais de 500 mil policiais e bombeiros militares ativos e inativos, além dos integrantes das Forças Armadas, que, multiplicando-se pelos familiares, amigos e simpatizantes, totalizam em potencial de milhões de possíveis filiados e eleitores presentes em todos os 5.564 municípios do Brasil, ou seja, o PMB é um partido que já pode nascer gigante”, ressalva.
Informações: Valter Lima – Jornal da Cidade
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