A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11) uma operação para investigar superfaturamento em obras da transposição do rio São Francisco.
Os desvios teriam ocorrido em 2 dos 14 lotes da transposição.
De acordo com os investigadores, empresários de um consórcio responsável pelas obras com superfaturamento utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões no trecho que vai do agreste pernambucano até a Paraíba. Os contratos investigados, até o momento, são de R$ 680 milhões.
O consórcio é formado por OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa Engenharia.
Segundo a PF, as construtoras investigadas utilizaram empresas do doleiro Alberto Youssef e do operador Adir Assad para maquiar os desvios. São elas a MO Consultoria, de Youssef, e a Legend Engenheiros Associados, que pertence a Assad.
Ambos foram alvos da Operação Lava Jato e estão presos por participarem do esquema de corrupção da Petrobras.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro. A reportagem ainda não conseguiu contato com representantes das empresas.
A operação chama-se Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória, em referência a uma personagem do livro de Graciliano Ramos.
A PF cumpre 32 mandados judiciais em Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília.
Fonte: Folha de São Paulo
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