POLÍCIA CIVIL PRENDE ACUSADOS DE ESTELIONATO CONTRA MAIS DE 500 VÍTIMAS EM SERGIPE

As empresas  atuavam no ramo de cursos profissionalizantes e ofertavam falsas vagas de emprego para atrair jovens de baixa renda,  induzidos a pagar quantias acima de R$1.000,00

A Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria deflagrou na tarde dessa quarta-feira (17), a operação ‘Universidade do Crime’, que resultou na prisão de Bruno de Oliveira Silva Cardoso, 26 anos e Daniel Gonçalves dos Santos, 27 anos, acusados dos crimes de estelionato e associação criminosa contra mais de 500 vítimas.

As empresas, que atuavam no ramo de cursos profissionalizantes, ofertavam falsas vagas de emprego para atrair jovens de baixa renda, os quais eram induzidos a pagar quantias acima de R$1.000,00 por um curso com duração média de um ano e aulas de apenas duas horas semanais. Antes da concretização dos cursos e após antecipação dos pagamentos feitos em cartão de crédito, os proprietários das empresas fechavam as portas e desapareciam.

Segundo a delegada Rosana Freitas, reponsável pelo caso, as investigações iniciaram no final do ano passado, quando foram registradas denúncias de diversas vítimas e funcionários Universidade Corporativa e Instituto Focus que foram fechadas pelo então proprietário identificado como Rogério Santos Basílio, que fugiu levando todo o dinheiro arrecadado e deixando alunos e funcionários no prejuízo.

Ainda segundo a delegada, durante a apuração das informações foi constatado que assim que os jovens chegavam nas empresas, realizavam uma suposta avaliação na qual nenhum dos participantes era aprovado, então eles eram orientados a realizar o curso sempre com a promessa de que durante o treinamento seriam empregados. “Nesse momento, muitos responsáveis relataram em depoimento que foram enganados durante a celebração do contrato, onde eram informados que o curso tinha um determinado valor e logo depois descobriam que o valor real era muito acima do estipulado inicialmente e que o mesmo já havia sido passado no cartão de crédito” esclareceu Rosana.

Também existem suspeitas de que as empresas promoviam clonagens de cartões de crédito e registros de que o mesmo golpe vinha sendo praticado por integrantes do grupo em outras Capitais, a exemplo de Recife e Natal.

Daniel Gonçalves é proprietário da empresa Projeto Jovem Trabalhador (Projotra), situada no Centro de Aracaju, local onde ocorreu a prisão da dupla e foram realizadas buscas destinadas à apreensão de objetos e documentos ligados aos crimes investigados.

Para a delegada, a investigação desmembrou muito mais que os crimes realizados pela Universidade Corporativa e Instituto Focus. “Diante das inúmeras denúncias, a polícia deu inicio as investigações, onde constatou-se que dois antigos funcionários Bruno e Daniel, que exerciam cargos de gerencia e chefia nas empresas anteriores, abriram uma terceira empresa, a Projotra, que estava funcionando em um endereço próximo a uma das empresas fechadas e no mesmo ramo e com as mesmas práticas”, declarou.

Ela ressalta ainda que as investigações continuam com o objetivo de permitir a conclusão e o esclarecimento final das investigações para que a partir dai, se possa concluir o caso e efetuar a prisão dos principais membros da organização, que se encontram foragidos. Ela ressalta que todos aqueles que sofreram esse tipo de golpe devem registrar um boletim de ocorrência “Todo cidadão que sofreu esse tipo de fraude deve procurar qualquer delegacia do estado e registrar o boletim de ocorrência, esses boletins serão encaminhados aqui para a unidade para que possamos anexá-los a investigação”.

As informações são da SSP/SE

Foto SSP

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