PANDEMIA: PIORA NO RIO DE JANEIRO SERVE DE ALERTA PARA TODO O BRASIL

Foto: Diego Vara / Agência Brasil

O estado do Rio de Janeiro vive uma situação singular desde que a pandemia começou.

Por um lado, há o otimismo com o avanço da vacinação: muitas cidades já aplicaram a primeira dose contra a Covid-19 em praticamente toda a população adulta.

Por outro, existe uma apreensão com a chegada e o rápido espalhamento da variante delta do coronavírus e o crescimento do número de internações por infecções respiratórias, o que liga o sinal de alerta das autoridades e ameaça os planos de reabertura.

“Os dados mostram um aumento recente das hospitalizações entre os grupos mais velhos. Isso está acontecendo em outros lugares, mas, no Rio de Janeiro, a situação está pior”, avalia o pesquisador Leonardo Bastos, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

“As últimas estatísticas sugerem que algo diferente está acontecendo no Estado, mas ainda não sabemos exatamente o que é”, completa.

O infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vê essa mudança de cenário acontecer na prática.

“Recentemente, houve um aumento na demanda por internação por Covid-19, especialmente entre idosos e profissionais da saúde”, relata.

“Isso era uma coisa que não víamos com essa frequência havia um bom tempo”, complementa o especialista, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Mas o que está por trás dessa piora? E será que o mesmo pode se repetir ao longo dos próximos meses em outros Estados e regiões do país?

Crise fluminense

Após um primeiro semestre de 2021 bastante complicado, marcado por uma segunda onda devastadora, o Rio de Janeiro viveu, entre maio e julho, uma tendência de queda nos números da pandemia.

Um cenário parecido, aliás, ocorreu no restante do país, com uma redução considerável nos diagnósticos, nas internações e nas mortes pela doença nesse mesmo período.

Isso nos colocou numa situação delicada, em que uma nova piora poderia estourar a qualquer momento.

E é justamente isso que parece estar acontecendo agora no Rio de Janeiro, com uma retomada no crescimento da Covid-19.
Vamos analisar o que aconteceu com os casos da doença por lá, seguindo os registros compilados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass.

Na primeira semana de maio, foram feitos mais de 39 mil diagnósticos da infecção, um recorde até agora.

Na última semana de junho, esse número baixou para 14 mil, o menor nível desde o ápice da segunda onda.

Nos primeiros sete dias de agosto, porém, foram detectados 27 mil novos casos. (G1)

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