O FABRICANTE DE ÍDOLOS

O FABRICANTE DE ÍDOLOS

Um oleiro amassa penosamente a terra mole e modela vasilhas para o nosso uso.

Do mesmo barro fabrica utensílios destinados a usos nobres como também para usos contrários; o ceramista é quem decide qual desses dois destinos terá cada vasilha.

Depois – esforço mal-empregado! – faz do mesmo barro uma vã divindade, ele, há pouco nascido da terra, e que em breve voltará à terra donde foi tirado, quando será reclamada sua vida a ele emprestada.

Mas não o preocupa a morte próxima, nem a brevidade dos seus dias; rivaliza com os ourives e prateiros e imita os bronzistas, vangloriando-se de fabricar objetos adulterados.

Cinzas, o seu coração; mas vil a terra, a sua esperança; menos que o barro, a sua vida!

Pois desconhece aquele que o formou, que lhe inspirou uma alma ativa e lhe insuflou um espírito de vida!

Mas ele considera nossa vida como diversão, nossa existência como feira lucrativa: “É preciso tirar lucro de tudo, diz ele, mesmo do mal!”

Mais que todos, ele sabe que peca, fabricando, de matéria terrosa, objetos frágeis e ídolos.

Sabedoria  – 15 (7,13)

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