NÃO HOUVE ACORDO EM REUNIÃO COM BANQUEIROS E BANCÁRIOS MANTÊEM GREVE

Bancários e bancos terminaram mais uma reunião sem conseguir chegar a um acordo que ponha fim à greve. A paralisação completou nesta terça-feira (27) 22 dias e já é a maior da história da categoria, superando os 21 dias do ano passado. Trabalhadores e a Federação dos Bancos (Fenaban) voltarão a negociar nesta quarta-feira (28), às 15 horas.

Os bancos propuseram um novo modelo de acordo para a categoria, com validade de dois anos, mas insistiram no reajuste de 7% mais R$ 3,3, mil de abono. Os bancários pleiteiam 14,78% de reajuste salarial.

“O Comando dos Bancários reafirmou que a proposta deve contemplar emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades, segurança”, informou o Comando dos Bancários.

— Nossa orientação é que a greve continue forte em todo o País. Somente com a nossa mobilização vamos conquistar um acordo que atenda às demandas da categoria — afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

No 22º dia de greve, 13.449 agências e 36 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 57,5% agências de todo o país, um recorde para a categoria.

A data-base dos bancários é 1º de setembro. A pauta de reivindicações foi entregue pela categoria no dia 9 de agosto. Depois de cinco rodadas de negociação, os bancos formalizaram no dia 30 de agosto sua primeira proposta: de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil. Foi aí que os bancários decidiram pela greve. No primeiro encontro na mesa de negociação após o início da mobilização, a Federação dos Bancos (Fenaban) melhorou a proposta para os atuais 7%. Nas duas reuniões seguintes os bancos mantiveram sua oferta.

A categoria também reivindica participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

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