COMUNICADORES DE SERGIPE DEBATEM SEGURANÇA, COMUNICAÇÃO E DIREITOS

Evento acontece no Sindicato dos Radialistas (Fotos: Portal Infonet)

Comunicadores sergipanos participam neste sábado, 4, do I Workshop: Segurança Pública, Comunicação e Direitos Humanos que acontece no auditório do Sindicato dos Radialistas, localizado na avenida João Ribeiro, nº 937. O evento é promovido pelo Sindicato dos Radialistas e a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O presidente do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral, comentou sobre a importância do evento. “A importância é a integração entre o poder público, segurança pública, a categoria dos radialistas e a discussão dos direitos humanos nesse contexto de forma geral. A gente vai aperfeiçoando a formação da categoria e mobilizando para que tome conhecimento de que forma pode atuar, quais seus limites e seus deveres e direitos na atuação. É importante essa participação de todos os radialistas”, comenta.

Quem também participou do evento foi Alessandro Vieira, delegado Geral da Polícia Civil, que destacou a integração entre a Secretaria e a imprensa. “Através de reuniões como essa a gente consegue melhorar esse relacionamento, facilitar os canais de acesso e garantir efetivamente a transparência dos dados da segurança. É essencial para que a gente possa garantir que o cidadão perceba o trabalho policial, saiba como se manifestar, onde buscar o seu direito e reclamar quando não são atendidos”, informa.

Fernando Cabral falou da importância do evento

Violência contra radialistas

Um ponto também bastante debatido no evento foi a violência sofrida pelos radialistas em todo o país. Thiago Fírbida, do Programa de Proteção e Segurança da Liberdade de Expressão da ONG Artigo 19, destacou sobre o “Impacto que as graves violações aos Direitos Humanos têm no exercício da comunicação no Brasil”.

“É preocupante a gente pensar que em pleno século 21, comunicadores ainda estão sendo assassinados, ameaçados, pelo simples exercício da nossa profissão. Então pensar isso num pais democrático como o Brasil é ainda mais urgente. Se nós pensarmos em geral, o Brasil está colocado como os 10 países mais perigosos no exercício da comunicação e nesse meio você tem ditadura, países que estão em guerra civil, então isso faz que seja mais alarmante esse alto índice de violação contra comunicadores. Em 2015 houve um aumento de 67% no número dessas violações em relação ao ano anterior”.

A secretária de Políticas da Mulher da Federação dos Radialistas, Andréa Bussolo, também ressaltou a violência sofrida pelos comunicadores. “Como eu falei na abertura, a violência contra o radialista aumentou muito não só no nordeste que foi onde aumentou mais, mas a nível nacional também. Há muitos relatos de companheiros no sudeste, no Rio de janeiro, de onde eu sou, de radialistas que são até mortos quando estão no ar. Essa questão da violência é contra o profissional em si, independente de sexo e infelizmente é uma realidade que a gente vive em pleno 2016″, lamenta.

O evento prossegue até ás 17h e no turno vespertino, serão elaborados debates e grupos de trabalhos objetivando aprofundar as discussões sobre os temas com grupos de trabalho.

Por Aisla Vasconcelos/Infonet

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