Herdeiro e presidente afastado do quarto maior grupo privado do país, Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses por liderar um esquema de pagamento de propinas massivas em troca de contratos bilionários com a Petrobras.
A sentença do juiz Sergio Moro imputou ao empresário, que está preso desde junho de 2015, os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa.
Também foram condenados os ex-executivos do grupo Odebrecht Alexandrino Alencar, César Rocha, Mário Faria e Rogério Araújo. Cabe recurso.
Moro considerou que a Odebrecht corrompeu os ex-diretores da estatal para obter contratos que somam R$ 12,6 bilhões nas obras do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio), refinaria Abreu e Lima (Rnest, PE) e refinaria Getúlio Vargas (Repar, PR).
Resposta
O criminalista Nabor Bulhões, que coordena a defesa de Marcelo Odebrecht, disse que a condenação é “iníqua e injusta” porque não tem apoio nas provas da ação penal.
Bulhões disse que os delatores e os outros réus do processo isentaram o presidente afastado do grupo e que não há vinculação dele com os crimes investigados.
“Com o devido respeito, a condenação imposta só pode ser concebida como grave erro judiciário. A defesa continuará lutando por sua liberdade e por sua inocência perante as instâncias superiores, estando, mais do que convicta, certa de que a justiça prevalecerá com a sua completa absolvição”, disse Bulhões, em nota.
Os defensores dos outros condenados também disseram que vão recorrer.
“A sentença era esperada, na medida em que o juiz já havia externado convicção previamente em diversos momentos, nos autos e fora dele”, disse defesa de Márcio Faria.
Os advogados de Rogério Araújo declararam que a condenação, “embora injusta”, não foi surpresa, pois o réu teria sido prejulgado.
Fonte: Folha de São Paulo
No comments yet.
RSS feed for comments on this post. TrackBack URL