Após dez participações no torneio, o time de maior torcida do Estado terá, enfim, um pôster de campeão continental. Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique e Emerson formam o time que ficará para sempre na memória dos corintianos.
E o caminho foi percorrido em grande estilo: de forma invicta (o sétimo da história da Libertadores), superando dois rivais brasileiros na fase eliminatória e encontrando na decisão o gigante e temido Boca Juniors, hexacampeão continental e que já havia levantado a taça duas vezes em São Paulo. Agora, o Corinthians se junta a São Paulo, Santos, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo, Vasco e Palmeiras na lista de times do país que venceram a competição.
A conquista encerra também uma das maiores provocações feitas pelos rivais corintianos, que colocavam os alvinegros como uma torcida “sem passaporte”, que jamais tinha vencido um título internacional e só comemorou um Mundial reconhecido pela Fifa onde obteve sucesso apenas por ter sido disputado no Brasil e sem precisar passar pela Libertadores.Ofusca, ainda, aqueles jogadores rotulados como vilões das outras eliminações: a falha de Guinei em 1991, de Alexandre Lopes em 1996; os pênaltis perdidos por Vampeta, Dinei (em 1999) e Marcelinho (2000); a expulsão de Roger em 2003, o gol contra de Coelho em 2006. Os fantasmas River Plate, “São” Marcos, Tolima. E as conturbadas saídas de ídolos do clube – Ronaldo, o último deles, deixou o futebol dizendo lamentar o fracasso no “projeto Libertadores”.
Aos derrotados do Boca Juniors, resta lamentar a chance desperdiçada de se tornar o maior vencedor da competição e, provavelmente, se despedir de Riquelme, que pode ter feito o último jogo com a camisa do time argentino. Agora, com dez finais disputadas, o time argentino, conhecido por ser carrasco de clubes brasileiros, tem seis títulos, um a menos que o Independiente.
Informações: Rádio Estadão.