DELEGADA NÃO DESCARTA PEDIDO DE PRISÃO DE VEREADORES APÓS INVESTIGAÇÃO

O desvio de mais de R$ 7 milhões gastos por 15 vereadores com pagamentos de verbas de indenização a uma empresa de locação de veículos, está sendo investigado pela Deotap e pelo MP

A delegada Daniele Garcia, da Delegacia de Combate aos Crimes Tributários e Administração Pública (Deotap), disse em entrevista na manhã desta sexta-feira (01), que não está descartada o pedido de prisão de vereadores por conta de uso indevido de verbas indenizatórias da Câmara Municipal de Aracaju.

A Delegacia de Combate aos Crimes Tributários e Administração Pública (Deotap) e o MP deflagraram nesta quinta-feira (31), a Operação Indeniza-se, que está investigando contratos de locação de veículos feitos por 15 vereadores e o suposto desvio de verbas indenizatórias, através de notas fiscais, sem que o serviço tenha sido prestado.

Na manhã de hoje, as delegadas e os promotores que participaram das investigações disseram durante a entrevista coletiva que está comprovado que houve fraude nos contratos de locação de veículos, onde consta que veículos que teriam sido locados pelos vereadores, mas que nunca saíram da casa de seus proprietários.

A delegada Daniele Garcia explicou que durante as investigações, proprietários de veículos que teriam sido locados pelos vereadores, foram ouvidos e negaram que tenham feito contratos de locação de seus carros.

Durante a entrevista, a delegada contou que três veículos, um Renault, Celta e um Ford K, constam na relação de veículos locados mas que os proprietários disseram em depoimento que nunca alugaram seus veículos.

Ainda durante a entrevista, Daniele Garcia explicou que no momento não há nenhum pedido de prisão contra os vereadores, mas que essa possibilidade não está descartada, já que segundo a delegada “de 2013 para cá são R$ 7 milhões de reais em pagamentos de verbas de indenização e já está comprovado que houve fraude. Foram feitos contratos fictícios. Inclusive nós já temos conhecimento de que o Alcivan Menezes usou placas de veículos de amigos e parentes para colocar nesses contratos. Portanto as defesas dos vereadores vejam bem o que irão fazer”, disse a delegada.

Como funcionava a organização – A delegada explicou que o esquema funcionava de maneira que as verbas de indenização da CMA eram destinadas para o pagamento de locação de veículos que seriam da locadora. Além disso, as notas tinham valores idênticos e que eram pagos sempre a um mesmo prestador dos serviços.

Outro ponto destacado pela delegada, foi que durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no escritório de advocacia que prestava serviços aos vereadores, não foram encontrados nenhum contrato. Por conta disso, os vereadores terão que explicar e justificar os gastos feitos com a assessoria jurídica.

Os 15 vereadores que estão sendo investigados pela Deotap e o MP são, Adriano Oliveira Pereira, Agamenon Sobral Freitas, Agnaldo Celestino Feitosa Filho, Anderson Santos da Silva, Jailton Santana, José Augusto da Silva, Valdir Santos, José Ivaldo Vasconcelos de Andrade, Carlos Max Prejuízo, Daniela dos Santos Fortes, José Gonzaga de Santana, Emmanuel da Silva Nascimento, Roberto Moraes Oliveira Filho, Renilson Cruz Silva, Tijói Barreto Evangelista.

Munir Darrage

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