O empresário Carlos Wizard Martins, ex-dono da escola de inglês que mantém seu nome e hoje à frente de marcas como Pizza Hut e KFC, anunciou neste domingo (7), que deixou seu cargo de conselheiro do Ministério da Saúde e não aceitou o convite feito para outra posição no governo.
“Informo que hoje deixo de atuar como conselheiro do Ministério da Saúde, na condição pro bono [sem salário]”, afirmou em rede social. Ele relata na publicação que recebeu outro convite, para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, mas que recusou.
“Peço desculpas por qualquer ato ou declaração de minha autoria que tenha sido interpretada como desrespeito aos familiares das vítimas da Covid-19 ou profissionais de saúde que assumiram a nobre missão de salvar vidas”, escreveu.
Neste fim de semana, Wizard causou polêmica ao afirmar, em entrevista ao jornal O Globo, que o governo iria recalcular os mortos pela Covid-19, engrossando as indicações da gestão de Jair Bolsonaro no sentido da omissão e manipulação de informações sobre a pandemia.
À Folha de S.Paulo, o empresário recuou em parte, dizendo que a ideia não era “desterrar mortos”, mas olhar para frente, embora tenha mantido a afirmação de que, para ele, os dados podem estar inflados – apesar de especialistas da área citarem o contrário, a subnotificação.
Apesar de citar a área de ciência e tecnologia como a mesma de sua formação na Universidade Brigham Young, instituição ligada a igreja a que é vinculado, Wizard teve a carreira voltada ao mundo empresarial.
A primeira experiência foi na escola de inglês, vendida em 2013, com outras do setor, por R$ 2 bilhões. Hoje, está à frente do grupo Sforza, que diz ter deixado com os filhos. (BN)
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