BOLSA FAMÍLIA: QUASE 12 MIL SERGIPANOS SÃO RETIRADOS DO PROGRAMA

Um programa criado, em 2003, pelo Governo Federal para ajudar cidadãos em situação de pobreza e de extrema pobreza vem diminuindo a sua abrangência em Sergipe. Para se ter ideia da situação do Bolsa Família, do ano passado para cá, 11.867 pessoas foram surpreendidas com o corte do benefício. Esses dados são da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias).

Os cancelamentos, de acordo com o Ministério da Cidadania, “estão relacionados aos procedimentos de averiguação e revisão cadastrais, fiscalização, desligamentos voluntários, descumprimento de condicionalidades e superação das condições necessárias para a manutenção dos benefícios.
Atualmente, o programa inclui famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de zero a 17 anos. São beneficiadas 279.525 famílias nos 75 municípios sergipanos.

Os valores do benefício variam de acordo com a renda da família e da quantidade de membros na composição familiar, sendo no mínimo R$ 41 e máximo R$ 390, podendo alguns benefícios serem contemplados com o Benefício para Superação da Extrema Pobreza (BSP) – para os casos de famílias que ainda não consigam ultrapassar a renda de R$ 89 mensais por pessoa.

Já com relação ao BSP, estes são calculados caso a caso, de acordo com o número de pessoas e total de renda na família, para que cada família consiga superar a situação de extrema pobreza.

Para Isabel Cristina, moradora do Conjunto Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro, o Bolsa Família se constitui como a única fonte de renda para ajudar no sustento de sua família. Ela é casada e possui duas filhas.

“Agradeço muito pelo dinheiro que recebo do Bolsa Família, pois me ajuda muito e sei que posso contar com ele. Meu marido está desempregado e eu faço um bico aqui e ali, mas está muito difícil”, conta Isabel.

Ainda segundo a Seias, dentro da folha de pagamento do mês de dezembro de 2019 do Programa Bolsa Família em Sergipe foi identificado que 5,63% dos beneficiários não possuem renda alguma. Enquanto que 93,73% possuem renda entre R$ 1,00 e R$ 178.

De acordo com José Carlos Passos, coordenador estadual do Programa Bolsa Família, da Secretaria de Estado da Inclusão Assistência Social e do Trabalho (Seit), a diminuição ao programa se dá por diversos motivos, dentre eles a revisão do benefício e os pedidos de desligamentos voluntários.
“Com base nos dados referentes ao mês de agosto de 2019, comparado com dezembro de 2018, houve uma diminuição do total de beneficiários, devido aos processos de revisão e averiguação cadastral que acontece todos os anos, para que sejam verificadas através deste processo, as famílias com perfil Bolsa Família”, aponta o coordenador.

Por: Redação do Jornal da Cidade

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