Músicas com temas maliciosos podem ficar mais raras nas festas da Bahia. Um projeto, conhecido como “lei antibaixaria”, foi aprovado na Assembleia Legislativa.
O projeto proíbe o poder público de contratar artistas cujas músicas “desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento”.
Inicialmente, o projeto atingia artistas cujas letras e coreografias poderiam ofender as mulheres, mas as danças ficaram de fora, sob a alegação de que seria difícil fiscalizar a ação.
Também estão vetados grupos que fazem apologia a drogas ilícitas e incentivam a homofobia.
A “lei antibaixaria” causa polêmica por ser contra letras de ritmos como o “pagode baiano”, gênero popular entre os mais pobres.
A deputada Luiza Maia (PT), autora da lei, se defende. “São letras que estão sempre rebaixando a mulher.”
Ela cita trechos que se aplicam ao projeto, como o que diz “não gosto das gatinhas, só gosto das cachorras” e “late que eu tô passando”.
“É mais pornografia que dança. Isso dá nojo. Esse tipo de música vinha crescendo, a gente precisava desse freio”, afirma.
Agora, o projeto pode ser vetado ou aprovado pelo governador Jaques Wagner (PT).
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