As doenças cerebrovasculares, que afetam o fluxo sanguíneo para o cérebro, são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil. A mais comum delas é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), responsável por um grande número de óbitos, principalmente entre as mulheres. Somente em 2023, 51.409 brasileiras morreram em decorrência de AVC, segundo dados do DataSUS.
O AVC pode ocorrer por vários fatores e é dividido em dois tipos principais. O AVC isquêmico acontece quando há falta de fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode ser causado por coágulos, acúmulo de gordura nas artérias ou trombos, condição comum em quem tem trombofilia, doença que facilita a formação de coágulos. Já o AVC hemorrágico, que representa cerca de 15% dos casos, ocorre quando há sangramento dentro do cérebro, frequentemente causado por hipertensão e doenças que afetam a coagulação do sangue, além de aneurismas cerebrais ou má formação das artérias. Apesar das causas diferentes, os sintomas dos dois tipos de AVC são semelhantes, como dificuldade de fala, paralisia de um lado do corpo e perda de visão de um olho.
Os sintomas também podem incluir tontura sem razão aparente e dor de cabeça intensa, especialmente nos casos de aneurisma. Para prevenir o AVC, é importante controlar fatores como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Caso esses fatores já estejam presentes, é fundamental o tratamento adequado, com medicamentos e mudança de hábitos.
A busca por atendimento rápido é crucial em caso de AVC. Quanto mais rápido o tratamento, menores são as chances de sequelas ou morte. A prevenção e o tratamento dos fatores de risco são fundamentais para evitar o AVC, assim como o diagnóstico precoce e a ação imediata diante dos sintomas.
As mulheres são mais afetadas pelo AVC após a menopausa, quando os hormônios, que antes protegiam os vasos sanguíneos, deixam de ser produzidos. Antes dessa fase, as mulheres têm menor risco de AVC e infarto do que os homens. Após a menopausa, a incidência de AVC em mulheres aumenta e se aproxima dos índices masculinos.
Embora as mulheres tenham morrido mais de AVC em 2023, o total de óbitos por doenças cerebrovasculares foi maior entre os homens, que tiveram 53.576 mortes, superando as 51.409 mortes femininas. A principal causa da mortalidade masculina foi as doenças isquêmicas do coração.
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